terça-feira, 9 de julho de 2013

ATO I – O NAMORO. (Ct 1.1 – 3.5)

ATO I – O NAMORO. (Ct 1.1 – 3.5)

Este primeiro ato trata da projeção romântica e hiperbólica que Sulamita tem de Salomão e Salomão tem de sua amada Sulamita. A simplicidade do relacionamento é descrito através do romance de dois camponeses, um pastor de ovelhas e uma agricultura que cuida das vinhas de sua família, as figuras mais simples e populares no antigo testamento. Salomão poderia ter explorado o relacionamento sob a ótica de um príncipe e uma princesa, seu romance por palácios de ouro e de marfim, mas ele prima pela simplicidade da vida campestre o que torna o livro de cantares ainda mais atrativo e peculiar para os nossos dias contemporâneos, onde os romances são vistos de formas extremamente distantes, através do conto de princesas e príncipes, ou extremamente sombrios nas figuras de bruxos, vampiros e lobisomens.

Ele consiste de 5 monólogos de Sulamita, 4 Elogios poéticos de Salomão as virtudes e a simplicidade de sua amada, 1 elogio poético de Sulamita em resposta aos elogios de Salomão, 3 pensamentos advindos da consciência de Sulamita que de forma poética é representada através do coral das filhas de Jerusalém que interrompem  a fala de Sulamita. 1 exclamação da consciência de Sulamita as filhas de Jerusalém que é o refrão mestre dessa linda canção e dá equilíbrio a poesia com um pouco de raciocínio e razão em meio a torrente de elogios apaixonados:

“Mulheres de Jerusalém, eu as faço jurar pelas gazelas e pelas corças do campo: não despertem nem provoquem o amor enquanto ele não o quiser”


O que mostra o lado crítico do poeta Salomão visto no livro de Eclesiastes. Sulamita prima pelo despertar espontâneo de suas emoções. O amor deve está adormecido e ser despertado no tempo certo, ou seja, quando houver maturidade suficiente para tal. Não deve ser despertado por meros elogios ou atração física, Mas no tempo certo, dentro poema, mais adiante, descrito como o tempo em que as vinhas de uvas estiverem em flor.
Por ultimo a uma expressão que não é atribuída a nenhum dos interlocutores da peça. Uma voz  que brada é tom de disciplina e advertência:

‘Apanhem para nós as raposas, as raposinhas que estragam as vinhas, pois as nossas vinhas estão floridas. ”


 Alguns identificam essa voz como sendo a voz de Deus que abençoa a união de Salomão e Sulamita, mas adverte aos jovens apaixonados sobre a presença de perigos nessa união. 

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